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sábado, julho 30, 2011

Novos Ares do Lantejola

Queridos Leitores e Seguidores deste Blog Querido, olá!

Inauguro em minha vida uma fase muito bacana, desejada e planejada.

Este blog foi criado pela ideia e sugestão de uma querida amiga, chamada Luanna a quem devo muitas coisas que sei, inclusive o nome deste Blog.

Ele foi uma das 20 coisas que realizei depois de um treinamento que marcou minha vida e minha trajetória. Mais do que isso: ele foi A PRIMEIRA COISA que realizei.

Agradeço a cada comentário e a cada leitura, pois foram por eles todos que continuei a escrever e continuarei a escrever.

Nos encontramos agora no www.tatianaalvares.blogspot.com que é meu novo blog. O Cabeça de Lantejola será desativado em breve.

Além deste novo blog que trata de textos só meus (também contempla todo o conteúdo do Cabeça), temos ainda o www.exceptiongd.blogspot , blog que tenho o prazer de compartilhar com amigos que, assim como eu, se atrevem a expor sua vida íntima intelectual ao mundo.

Novamente, obrigada pela companhia de 2 anos! Nos vemos no blog novo!!!

Abraços,
Tatiana Alvares

sexta-feira, julho 01, 2011

O "inimigo" se foi. E agora?




O livro "Efeito Sombra" é uma leitura complicada. Apesar de não ser lá muita novidade o que os autores trazem de ideias, tem coisas duras de se ler.

Uma delas que me fez refletir muito foi que precisamos dos nossos "inimigos". Ele ocupa um lugar de desenvolvimento em nosso insconsciente.

Como isso é possível? Simples. Ele nos desafia. Nos faz ficar em estado de alerta, atentos, com a autocrítica aguçada. Nos faz ficar sempre na espreita esperando o próximo bote do danado.

Entendo por "inimigo", primeiramente, nós mesmos. Nossos vícios, nossos defeitinhos, nossas crenças... nossas teimosias. Depois acredito nos inimigos externos: aquele amigo que te traiu, aquele colega de trabalho que te passou a perna, aquela grande surpresa por descobrir o caráter de alguém que julgava honesto, pessoas que só pensam e lutam com veemência pela vantagem única e exclusiva de si mesmo. A lista é grande...

De qualquer forma, ele precisa ser vencido de acordo com nossa cultura, certo? Então, até que está certo, mas e o desenvolvimento que ele traz?

Costumo dizer que nada congrega mais gente, nada converge tanto interesse e desejo num grupo como um inimigo em comum. Se ele pode gerar benefícios em nós, o que dirá num contágio social como numa equipe, num grupo, numa empresa?

Algumas considerações mais práticas:

1. Reconheça-o. Seja ele interno ou externo, seja subjetivo ou bem "vivinho da silva", saiba quem são eles. Só assim você poderá fazer duas coisas importantes: proteger-se e crescer enquanto luta.

2. Respeite-o. Ele é importante e, se é seu inimigo mesmo, está a altura da sua capacidade. Você pode lutar de igual prá igual.

3. Acolha-o. Essa é a pior, né? Só parece. Tratá-lo com um certo carinho não te fará mal. Qualquer coisa humana precisa de reconhecimento e quando não o é - e no seu lugar é recalcado - já diria Freud, volta com a força de uma bola forçada para baixo numa caixa d'água.

E quando o vencemos, hein? Quando o vício é submetido à sua vontade, o amigo traiçoeiro eliminado, o 'mal caráter' some da nossa vida? Aí fica um buraco, pois talvez só nesse momento percebemos o tamanho da importância dele em nosso crescimento.

Arrisco-me a dizer que dá até uma saudadinha...

Algo precisa entrar no vazio... O que você colocará lá? Hein?

sexta-feira, maio 27, 2011

O Essencial

Liberdade consiste em encontrar, respeitar e preservar aquilo que há de essência em nós.

A busca por ela não é simples e nem para covardes: é para sempre e só para dignos e corajosos.

Exige desapego, autoconfiança e amor próprio, além de oferecer algo que tantos humanos passam as encarnações buscando: o Essencial.

Essencial, sim, em letra maiúscula, pois é nome próprio de algo Divino. Talvez seu núcleo que, guardadas as devidas proporções, também é o nosso.

O reconhecemos nos sentimentos de fé, confiança ou algo que o valha. Mas não falo naquela fezinha, confiançazinha ou alguma coisinha. Esse núcleo é ÃO. Aliás, a vida é para quem é ÃO. Mesmo que Deus ou Divino prá você signifique você mesmo e nada mais.

É viver, é largar, é fechar os olhos e...ir. Quantas vezes declaramos a tal da fé, balbuciamos ou cantamos nossa crença em Deus (seja Ele o que ou quem for prá você) e na hora de sentar no carrinho e se largar ali nós recuamos? Perguntas como: "Ah, mas o que vão pensar?; Tenho posição e uma situação confortável... deixar tudo para trás?; Essa relação é importante prá mim e me escraviza: e agora? Muita gente depende de mim, como deixar isso prá lá?", permeiam o ato de fraqueza próprio do ser humano que ainda não se sente bem dentro do corpo e mente que habita. Não estou aqui dizendo para ser logo um irresponsável e chutar os paus de todas as barracas. Digo apenas que há outras opções. Sempre.

E quando esse sujeito é vencido pela fraqueza, ele perde. Perde muito, pois há universos infindáveis de capacidades para que ele experimente e faça uso para viver.

Essencial é Uma Coisa. E mesmo que não saibamos dar nome a ela, mesmo que não possa ser representado por um objeto (um trabalho, uma relação etc) é isso aí, inominável, que - sendo não reconhecido - causa frustração e nos deixa sempre num caminho do 'mais ou menos' e faz cair nossos ombros e cabeça para baixo.

Reconheça e liberte-se dos seus medos e inseguranças. Muitos param já na primeira etapa...

E você?

quinta-feira, maio 05, 2011

Reencontrando o Mestre

A conspiração do Universo é a coisa mais bela de observar, sentir, constatar.

No momento em que me faço profundas perguntas sobre 'prá onde' e, principalmente, 'por que' me deparo com um reencontro: falas, passagens, e-mails, dedicatórias de um antigo, amado e grande Mestre.

Reencontrando essas coisas todas, algo me arranca um sorriso fácil dos lábios: eu me lembro de como fui formada.

Me lembro dos valores que me norteiam profissionalmente. Me lembro dos 'por ques' que este Mestre sempre me ensinou (e me ensinou no exemplo de ser e não na fala). Me lembro de como passei a amar ser profissional de desenvolvimento humano.

E, lembrando disso tudo, constato o porque havia esquecido algumas coisas...

Como foi bom recuperar assim, como um 'resumão', o que ele me ensinou e que até hoje (e sempre!) eu tento chegar apenas perto do que ele sempre foi:

Preservar acima de tudo a nossa ética, garantir o crescimento verdadeiro das pessoas, exercer sua atividade com base no que acredita, recursar-se a executar algo que não esteja a serviço do bem, questionar até o fim quando algo não 'lhe desce' direito, deixar claro os valores que lhe norteiam. Fazer o que acredita, da maneira como acredita, com o coração voltado ao bom e justo e sempre, sempre com base em conhecimento.

É... ensinar tudo isso sempre foi muito fácil a muitos. Viver - e trabalhar - verdadeiramente agindo assim, é para poucos. Muito poucos.

E me sinto honrada de ter sido criada como profissional por ele. E honrarei, cada dia mais, essa honra através do exercício digno de tudo que me foi transmitido...

Obrigada, Saint-Clair.

domingo, maio 01, 2011

Autocrítica

Se enxergar. Se entender. Usar os mLs de semancol. Olhar no espelho. Ser sincero com você mesmo.

Bonito tudo isso, não é verdade? Parece que só parece ser.

Aprendi que se algo me acontece - de bom ou de ruim - algum estímulo eu dei para isso. Seja ele consciente ou inconsciente. Ou seja, algum elemento eu dei para que a fusão química entre 'Tatiana + O Outro = XPTO' acontecesse.

E sempre me faço essa pergunta: "Qual foi/é o elemento?" Escrevi sobre os elementos na última postagem.

Apenas ando espantada com a falta de olhar interno de pessoas extremamente inteligentes, íntegras e competentes no que fazem. Pessoas que possuem muitos recursos (psíquicos e intelectuais).

Essas pessoas, em minha humilde opinião, até olham para si, mas parece que procuram enxergar as coisas da maneira como lhes convém.

Outro dia ouvi a Glória Pires dizendo que seu pior defeito é a maledicência e que é um esforço diário mantê-lo submetido. Quantas vezes você admitiu para você mesmo uma coisa tão 'feia' assim? Ela foi, naquele momento, um grande exemplo da saudável autocrítica, aquela em que eu acredito.

Aí, eu destaco dois tipos de autocrítica:

Autocrítica vaidosa é aquela que está a serviço de, mesmo inconscientemente, justificar porque fazemos da maneira que fazemos ou não fazemos algo.

Autocrítica real é aquela que mostra, sem muita piedade, qual é a 'tralha subjetiva' da qual precisa se livrar para ser uma pessoa melhor. E é essa aí que exige esforço, disciplina e ajuda, pois é dolorosa e, ao mesmo tempo, extremamente aliviante. Ela é paradoxal.

E por ser paradoxal, a autocrítica real não é para os fortes de papo e fracos de mente. É para os dedicados, justos, fortes e corajosos.

É para aqueles que querem de fato entender - ou mudar as perguntas: "porque tudo se vira contra você, porque ninguém te entende, porque ninguém te reconhece e porque você vive estressado e jogando tóxico pesado no seu corpo e mente."

E aí? A quantos mLs andam seu semancol?

quarta-feira, abril 20, 2011

Cultura: quais são seus principais elementos?

Cultura organizacional. Formada por aquilo que não está no controle do comando da empresa. É? Em termos.

A cultura das empresas (ou de um país, sociedade) - e também podemos traçar um paralelo com a nossa própria imagem pessoal - é a imagem, a leitura que as pessoas tem do seu ambiente de trabalho/país/sociedade.

E isso independe do que se pendura nas paredes ou se coloca nas campanhas de marketing.

Muito bem. Quanto mais elevados os elementos que damos, mais elevadas são as percepções. E se a qualidade for baixa, baixa serão as percepções.

A grande disfunção está quanto você anda pelos diversos locais de uma mesma organização e parece que está em várias empresas diferentes. Ou quando você anda em vários grupos de convivência e recebe várias impressões sobre você.

Sempre quando tenho a oportunidade de perceber esse fenômeno, o primeiro movimento que faço é me perguntar: "Qual foi o estímulo que a empresa - ou eu - deu para que isso fosse compreendido assim?"

Da fala das pessoas saem desde histórias e conclusões absolutamente emocionais(chegam a ser fantasiosas) até o outro oposto, as extremamente racionais. Ambas muito venenosas, tóxicas.

No caso das organizações, não convergir uma grande massa de gente em prol dos mesmos objetivos é o que pode deixar uma empresa à deriva. Cada um vai para um lado e ninguém para o lugar 'certo'.

Gera-se desde mediocridade no desenvolvimento das carreiras até a dissimulação. Sim, é isso mesmo: as pessoas finjem. Por dois grandes motivos: não percebem que podem mudar dali ou, por alguma impossibilidade, é preciso manter a moeda que garante o sustento.

Se isso se estender por um tempo razoável, levamos registros fortes às essas personalidades que é assim que o mundo funciona. Impactamos a maneira como elas entendem e levam a vida.

No caso de 'gente', o resultado da semeadura de elementos ruins é, via de regra, a solidão. Acaba-se por viver sozinho, mesmo cercado de muitos. Acaba-se por sorrir e chorar acompanhado apenas de um copo de alguma bebida preferida.

Nesse caso a 'moeda' é outra. Ninguém mantém ninguém próximo e verdadeiramente conosco pagando um salário mensal, certo?

Autocrítica. Ela serve bem nesses casos. Perguntas como: O que está no seu controle para que seja mais compreendido? O que o torna um grande contribuidor? Que qualidade de elementos está usando? pode ser uma chave que abre um mundo de possibilidades.

quarta-feira, abril 06, 2011

Tribunal

É comum e muitas vezes irresistível apresentarmos nossas opiniões sobre o mundo, as pessoas, as cenas da vida carregadas de um certo eco de barulho de martelo, assim como aqueles de um tribunal.

Li outro dia num livro bem interessante que quando emprestamos nosso julgamento a um ato, mais especificamente aquilo que consideramos "pecado", dividimos o peso da cruz com o "pecador" de origem. Faz sentido.

Avaliar a vida pelo nosso prisma pessoal é humano. Julgar a partir dele também, mas consideravelmente mais grave. Jamais sabemos todas as facetas, teias e motivos para as cenas que passam pelos nossos sentidos acontecerem da maneira que acontecem.

Há de se respeitar o ritmo. Há de se compreender a ressonância. Há de se conhecer a necessidade.

Estar atrás do dedo que aponta ao nariz do outro é confortável e, arrisco-me dizer, aprasível. Afinal, isso não nos coloca em posição de se mexer e fazer algo para comprometermo-nos com as questões do outro.

Estar na frente do dedo que aponta é mais inquietante e aí, talvez somente aí, captamos a mensagem: se você tem dedos, os outros também tem.

Questiono-me com frequência sobre várias coisas, o tempo todo. É certo que, dependendo do ciclo, 'temas' sejam mais comuns nessas 'discussões by myself'. Uma das principais atualmente é: sei da missão, mas como ela se dará? Qual é o papel principal que devo assumir?

Numa dessas vezes, como uma epifania (aprendi essa outro dia com um amigo), veio-me uma singela e grandiosa lição: seus " bons" motivos jamais serão os "bons" motivos do outro. Afinal (também como aprendi com esse mesmo amigo) o caminho é pessoal.

Se quer fazer algo por alguém, se quer realmente se comprometer com as questões do outro, se oferecer em ajuda, faça da maneira mais coerente: ofereça recursos e deixe o resto por conta do dono...

Boas análises a todos nós.